sábado, 19 de maio de 2012



Em que consiste a “Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?




              Platão foi discípulo de Sócrates e durante sua vida conheceu e se aprofundou nas teorias de dois grandes filósofos pré-socráticos, Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia, os quais possuíam ideias antagônicas.  Analisando Heráclito, Platão considerou corretas as percepções do mundo material e sensível, das imagens e opiniões. Chegou à conclusão que Parmênides também estava certo ao exigir que a Filosofia se afastasse desse mundo sensível, para ocupar-se do mundo verdadeiro, visível apenas ao puro pensamento.
            Com base nas ideias de Sócrates, de quem Platão aproveita a noção de logos, ele cria a teoria platônica e a distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis.
            Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e o mundo das ideias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".
            Para explicar melhor sua nova teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da Caverna, no qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco.
            No mito é possível associar os homens presos à população e o homem liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das ideias.
            A teoria apresentada por Platão, embora tenha deixado algumas perguntas em aberto e algumas respostas ainda hoje não totalmente compreendidas é, sem dúvida, um grande marco para a Filosofia.




Atividade: D25-5_AVA05

O que você entende por Filosofia da Educação?


            De acordo com o que já foi estudado na disciplina Estudos Filosóficos: Filosofia, Sociedade e Educação Filosofia é o estudo dos problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
             Ao trabalhar esses assuntos, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Ela se baseia na argumentação lógica, na análise conceptual, nas experiências de pensamento e outros métodos a priori.
         Já a Filosofia da Educação é um ramo do pensamento que se dedica à reflexão sobre os processos educativos, à análise dos sistemas educativos, a sistematização de métodos didáticos, entre diversas outras temáticas relacionadas com a educação e a forma de realizá-la. O seu papel primordial  é a compreensão das relações entre o fenômeno educativo e o funcionamento da sociedade, pois a educação acontece no mundo com seus inúmeros problemas e dificuldades.
            Não sendo possível efetivar a educação de forma alheia aos problemas existentes, ela sofrerá  o impacto dos problemas do lugar e do momento histórico na qual está inserida.
        A Filosofia da Educação enquanto reflexão rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais permite aos educadores a busca por melhores formas, métodos, processos para trabalhar a educação. Ela não os considera em si mesmos, mas enquanto imbricados no contexto educativo e numa determinada clientela.
        Concluindo é possível afirma que a Filosofia da Educação é a disciplina que visa auxiliar na busca de soluções para os problemas educacionais.




Referência:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia






Atividade: D25-5_5_ED05

sábado, 12 de maio de 2012

Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade


Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade  


Foucault defendia um tipo de sociedade que, desde fins do século XVIII, vem reforçando práticas que distribuem saber e poder por todo o corpo social, especialmente por instituições em que o indivíduo precisa ser curado, examinado, treinado, exercer ofícios. Entre as desvantagens deste modelo em questão, proveniente da sociedade moderna tecnicizada, está o indivíduo treinado, pedagogizado. Assim, a escola é identificada como operador de pedagogização, reunindo a capacidade de habilitar com recursos educacionais básicos a criança e o jovem, fornecendo os mecanismos e instrumentos pedagógicos que asseguram obediência, responsabilidade, prontidão, docilidade, adaptabilidade.


            Podemos dar como exemplo característico deste método: a fila dos alunos, as carteiras também em fila, as atividades repetitivas, o treino de caligrafia, a punição pelo menor desvio de conduta, a vigilância por parte de um mestre ou de um monitor, as provas, os testes de aprendizagem e de recuperação, o treinamento dentro de padrões e normas fixos.



 A “pedagogização” do ensino na sociedade disciplinar e autocrática visa a verdade objetiva da metodologia única, que ensina uma ciência unidimensional, e que se baseia no exame, no teste empírico, na vigilância, na normalização.


A crítica e o rompimento deste modelo sugerem a de construção de uma subjetividade nova numa escola que leve em conta os desafios da modernidade.


O filósofo Habermas propõe um modelo baseado na intersubjetividade, que conduza para a educação, entendida num sentido construtor de subjetividades emancipadas, autônomas e criativas. Chamamos este modelo de “modelo educacional”. Educar é de criar uma sociedade capaz de linguagem e de ação, calcada em razões e argumentações justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade.


A prática da intersubjetividade, produtora de sujeitos capazes de linguagem e de ação, com opinião e vontade formadas de modo a possibilitar liberdade comunicativa, calcada em razões e argumentações justificadas, legítimas, são os pressupostos de qualquer sociedade democrática, essenciais à educação.






Referência Bibliográfica






ARAUJO, Inês Lacerda. Foucault e a crítica do sujeito. Curitiba: Editora da UFPR, 2000.






______. Vida e Educação. São Paulo: Abril Cultural, 1980.




HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia, entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.






Atividade:  D25-5_AVA03

Teoria Maiêutica


     Teoria Maiêutica




         “A  Maiêutica  de Sócrates consiste em perguntar, em interrogar, em inquirir:  “O que   é isto? O que significa?”  E isto ele faz andando pelas ruas, pelas praças, indagando das pessoas. Dessa forma, faz com que a definição inicial vá passando pelo crivo das indagações e aperfeiçoando-se por extensões e reduções até ficar o mais exata possível,  mas nunca a  ser  definitiva. 


      Para a  Maiêutica, o conhecimento está latente no homem, só e necessário criar condições para que ele passe da potência ao ato, aflore, numa espécie de recordação, reminiscência. Educar no sentido verdadeiro e superior. Educação vem do latim educere, literalmente trazer para fora, sobressair, emergir do estado potencial para o estado de realidade manifestada.


    A Maiêutica Socrática tem como significado "Dar a luz (Parto)" intelectual, da procura da verdade no interior do Homem. Sócrates conduzia este parto em dois momentos: No primeiro, ele levava os seus discípulos ou interlocutores a duvidar de seu próprio conhecimento a respeito de um determinado assunto; no segundo, Sócrates os levava a conceber, de si mesmos, uma nova idéia, uma nova opinião sobre o assunto em questão. Por meio de questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a Maiêutica dá à luz idéias complexas. A maiêutica baseia-se na idéia de que o conhecimento é latente na mente de todo ser humano, podendo ser encontrado pelas respostas a perguntas propostas de forma perspicaz.




Atividade: D25-5_AVA04

sexta-feira, 4 de maio de 2012




FILOSOFIA MODERNA




        A filosofia da idade moderna nasceu graças aos trabalhos dos protagonistas do renascimento cultural e científico dos séculos XIV e XV entre eles Nicolau Copérnico, Leonardo da Vinci, e dos esforços de cientistas e pensadores como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Emanuel Kant nos séculos seguintes e tem entre suas características:
        


  A) O Racionalismo
       
       A filosofia moderna propriamente falando iniciou-se com a teoria do conhecimento do René Descartes. Conhecido como pai da filosofia moderna, parece que ele levou muito a sério as palavras do Leonardo Da Vinci que diz "Quem pouca pensa, muito erra."!  Na Idade Média, na sociedade e na política a Palavra de Deus, considerada fonte única do conhecimento absoluto, foi interpretada pela igreja que dominava todos os aspectos da vida. O renascimento trouxe uma ênfase renovada no desenvolvimento científico e na capacidade humana e a necessidade de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo. Na modernidade a chamada Idade da Razão então, surgiu à necessidade de redefinir os paradigmas, Descartes na declaração, "penso logo existo. Ele declara que o homem, ser racional por natureza, tem a capacidade de alcançar o conhecimento e mais que isso, sua existência é definida pelo ato de pensar.
        




B) O Empirismo
    Quando Leonardo Da Vinci afirma que "A sabedoria é filha da experiência" (ABBAGNANO,  ele de fato resume em poucas palavras a crença dos empiristas ingleses cujo trabalho antecedeu por quase um século. Francis Bacon, John Locke, David Hume e outros pensadores contra posição aos racionalistas do continente europeu desenvolveram e propagavam o raciocínio experimental, ou seja, a teoria de que o único caminho pelo qual o homem pode chegar ao conhecimento é através da experiência sensível (empírica).  Francis Bacon "propõe a instauração de um método, definido como modo seguro de 'aplicar a razão à experiência', isto é, de aplicar o pensamento lógico aos dados oferecidos pelo conhecimento sensível".
      


 C) A perfectibilidade
      
      Os precursores da filosofia moderna entre eles Leonardo da Vinci, Copérnico e Galileu acreditaram na perfectibilidade da natureza e defenderam a teoria da perfectibilidade da razão humana. Iniciou-se uma "busca por expressar, entender, explicar pela razão perfeita a natureza perfeita" A ciência renascentista entendeu que pelo fato que Deus criou a natureza é possível conhecer Deus através da natureza e, portanto, produzir conhecimento.
Em sua epistemologia Immanuel Kant sintetizou as teorias do Descartes e os racionalistas continentais e Hume e os empiristas ingleses.
       O processo de racionalização, característico da Modernidade, que começara com os renascentistas e com os cientistas, e passara por Descartes e pelos empiristas, podia agora, ser compreendido por Kant como um processo que representava o curso natural da evolução da sociedade. Finalmente o ser o humano estava apto para raciocinar sobre a própria razão.
       Leonardo da Vinci via nas formas perfeitas da matemática uma maneira de ilustrar a perfeição do corpo humano (o homem vitruviano) e assim tomou o curso da teoria da perfectibilidade. Kant, por sua vez, via na possibilidade do homem chegar à perfeição um processo natural de desenvolvimento rumo ao esclarecimento (Aufklãrung), um processo evolução pela qual o homem atinge sua maioridade, processo que depende não de condições externas, mas, na vontade do homem, só não tem condições de alcançar essa independência os preguiçosos que escolhem permanecer na minoridade sob a tutela intelectual de terceiros.
       


       Embora enfatizando e dando destaque alto à razão e a perfectibilidade humana, Kant e outros filósofos modernos não fizeram nenhuma ruptura dramática dos valores religiosos da idade média. Essa ruptura veio com os Iluministas franceses como Voltaire e Diderot que produziram obras laicas e seculares e, por vezes extremamente críticas da ação de igreja e sua influência opressiva na sociedade e interferência no governo.






Atividade: ED04
RACIONALISMO, EMPIRISMO E CRITICISMO


       No Racionalismo acredita-se que o ser humano ao nascer já possui ideias inatas, ou seja, ideias pré-concebidas. É uma linha de pensamento em que considera a razão o caminho para o conhecimento verdadeiro.
       O Empirismo defende que o conhecimento provém exclusivamente das sensações dos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) e que nascemos como uma folha em branco que vai sendo preenchida através das experiências com estes sentidos. Essa ideia empirista proposta por Francis Bacon, que preconizava uma ciência sustentada pela observação e pela experimentação, utilizando a indução na formulação de suas leis, partindo da consideração dos casos ou eventos particulares para chegar a generalizações, por outro, inaugurando o racionalismo moderno, René Descartes busca na razão os recursos para a recuperação da certeza científica. Assim, Bacon e Descartes propõem dois caminhos diferentes para a busca do conhecimento, o indutivo e o dedutivo e representam os dois polos do esforço pelo conhecimento na idade moderna, o empírico e o racional. (ARANHA; MARTINS, 1992).



       Já para o Criticismo, os racionalistas e empiristas estão em parte certos. Para Kant temos algumas ideias inatas (quantidade, qualidade, espaço-tempo.), mas a informação para dar sentido a essas ideias vem dos dados dos cinco sentidos para assim podermos distinguir o que é melhor. Essas experiências era antes fonte dos dados recebidos pela sensibilidade do homem, mas devidamente organizados por determinados conceitos existentes no conhecimento.






Referências



ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de filosofia. São



Paulo: Moderna, 1992.



BACON, F. Novum organum, aforismos sobre a interpretação da natureza e o reino do



homem. In. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1997.



KANT, I. Crítica da razão pura. São Paulo: Nova Cultural, 1999. Coleção Os Pensadores.
Atividade: ED03

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Conceito de Ontologia


    
Conceito de Ontologia






     Ontologia, palavra grega que significa “estudo do ser" e, assim, pode equivaler-se à metafísica, ramo da filosofia que se ocupa em estudar a essência do mundo. Esta, com o passar do tempo, passou a agregar outros tipos de pesquisas e reflexões como cosmológicos e psicológicos, a partir do século XVII, e, sobretudo na filosofia moderna, então o termo ontologia passou a ser relacionado com o estudo do ser enquanto tal.


     Já havia várias ciências que estudavam o ser, mas segundo Aristóteles, deveria existir uma abordagem do ser em geral, independente das situações em que as coisas se apresentam.


     Assim a metafísica constituiria um saber universal e a ontologia o ser propriamente dito. Dois aspectos poderiam explicar o conceito de ontologia: o aspecto existencial onde consiste em um saber mais fundamental e primordial, comum a todos, e o aspecto essencial e estabelece como meta a determinação daquelas leis, estruturas ou causas do ser em si. Há filósofos que diferem a metafísica como antologia existencial da própria ontologia, já outros não concordam com essa divisão e defendem a unidade filosófica no estudo do ser.


REFERÊNCIA:


____, ESTUDANTE DE FILOSOFIA, http://www.estudantedefilosofia.com.br/conceitos/ontologia.php acesso em 28/04/2012.






Atividade: D25-5_AVA02